Estimativa do Observatório de Síndromes Respiratórias da UFPB foi feito com base em dados da Covid-19 registrados até 11 de julho.
Um relatório produzido pelo Observatório de Síndromes Respiratórias da UFPB projetou em um cenário pessimista o fim da pandemia do novo coronavírus na Paraíba para o final de setembro. A estimativa tomou como base os dados da Covid-19 registrados até o dia 11 de julho.
O estudo estatístico indica ainda que um crescimento de médio de 4 a 6 dias ao número de dias até o final da pandemia na Paraíba. As “previsões consideram a hipótese de que continuamos próximos ao pico da pandemia no Brasil e ainda em um momento ascendente da curva no Estado da Paraíba”, diz o relatório.
“Em relação ao estado da Paraíba, as previsões mostram evidência de crescimento no registro de casos diários e de novos óbitos no Estado. Devido ao limite superior do intervalo de confiança, que ainda não é possível determinar se ocorrerá redução nos próximos 30 dias. As previsões sugerem, considerando os limites do intervalo de confiança, que não está ocorrendo estabilização do número de casos na capital paraibana, e também não há evidência de estabilização referentes à ocorrência de novos óbitos”, conclui o relatório.
A previsão para o estado é de que, em até 15 dias a contar de 11 de julho, chegue a marca de 1346 novos casos por dia. Para João Pessoa, a mesma previsão, considerando os mesmo critérios, é de 316 novos casos diários.
A mesma projeção foi feita para os casos de mortes registradas por dia na Paraíba. De acordo com o Relatório Estatístico Covid-19 nº 01, o número de mortes diárias pode chegar a uma média de 32 óbitos na Paraíba, e de 13 óbitos em João Pessoa.
O estudo feito pelo Observatório de Síndromes Respiratórias da UFPB indica ainda que a transmissão comunitária do coronavírus, não está controlada em 75,3% dos municípios do estado, sendo necessário a manutenção das medidas de isolamento propostas por gestores estaduais e municipais, para melhor tomada de decisão acerca de eventuais medidas e decretos destinados à flexibilização de alguns setores da economia.
A metodologia adotada para os cálculos estatísticos levam em consideração o coeficiente de reprodução do vírus, que é o valor que fornece evidência de quantos de indivíduos são contaminados a partir de um indivíduo infectado que servirá como fonte do agente infeccioso.
“É um valor calculado quando não há uma vacina disponível para a população estudada, sem contato prévio com o patógeno e quando não há formas eficazes de controlar sua dispersão. O ‘novo coronavírus’ SARS-CoV-2 se encaixa perfeitamente nestes pré-requisitos”, explica o texto do relatório.
Fonte: G1 Paraíba
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