A Operação Cara de Pau foi deflagrada pelo Núcleo de controle da atividade policial ( NCAP), em conjunção de esforços com o GAECO, do Ministério Público da Paraíba.
Uma delegada e um escrivão da Polícia Civil da Paraíba foram presos nesta quinta-feira (22) acusados da prática do crime de concussão, que consiste na exigência de vantagens indevidas pelo agente público. Conforme informações exclusivas obtidas pelo ClickPB e pelo jornalista Clilson Júnior, no programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, a delegada alvo do mandado de prisão foi Maria Solidade de Sousa. Segundo a investigação, a delegada estava tentando extorquir um agente da Polícia Rodoviária Federal. Maria Solidade foi alvo de um mandado de prisão preventiva.
Durante a deflagração da operação, também foi apreendida uma quantia em dinheiro, que ainda não teve o valor total divulgado. De acordo com informações recebidas pelo ClickPB, foram determinados dois mandados de prisão e três de busca e apreensão.
A Operação Cara de Pau foi deflagrada pelo Núcleo de controle da atividade policial ( NCAP), em conjunção de esforços com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público da Paraíba.
No ano de 2016, a mesma delegada já havia sido alvo de investigações. Naquela época, Maria Solidade de Sousa foi acusada de desviar valores provenientes do pagamento de fianças.
Veja o Vídeo:
Confira nota expedida pelos agentes de investigação:
NOTA
O Núcleo de controle da atividade policial ( NCAP), em conjunção de esforços com Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado - GAECO -, do Ministério Público da Paraíba, desencadeou no dia de hoje a operação Cara de Pau, com a finalidade de cumprir dois mandados de prisão e três de busca e apreensão, em face de uma delegada de polícia civil do Estado da Paraíba e seu escrivão, pela prática de concussão.
‘Imagino o que ela pode ter feito contra um cidadão comum’, diz procurador do Gaeco sobre prisão de delegada
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Octávio Paulo Neto, coordenador do GAECO – (Foto: Assessoria) |
O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Octávio Paulo Neto, durante entrevista ao Sistema Arapuan de Comunicação, nesta quinta-feira (22), fez duras críticas contra a delegada da Polícia Civil, Maria Solidade, que foi alvo de um mandado de prisão preventiva após suposto crime de concussão, que consiste na exigência de vantagens indevidas por agente público. Segundo a investigação, a delegada estava tentando extorquir um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
De acordo com o promotor, o caso da delega é ‘emblemático’ não apenas por se tratar de uma reincidência, mas por partir de um agente público que tem o dever de praticar a lei de uma forma isenta a todo e qualquer cidadão. O coordenador lembrou que, se ela foi capaz de praticar a má conduta contra um policial, situações contra um cidadão comum também podem ter sido provocadas.
“O que é mais emblemático nesse caso é que ela estava extorquindo um policial rodoviário federal, o que demonstra que o Brasil precisa repensar seriamente os seus recursos, porque por mais esforço que a gente empreenda, as pessoas não estão tendo temor de cometer essas práticas. Eu fico me perguntando e imaginando o que uma pessoa que exerce um cargo público como esse é capaz de fazer contra um cidadão comum se ela faz isso com um policial”, afirmou Octávio Paulo Neto.
Ele ainda apontou falhas do Poder Judiciário. “Isso só demonstra a falha no sistema, quer na legislação, quer nas tratativas. O que a gente ver é uma série de recursos afim de retardar ações penais. Os corruptos no Brasil pelo que temos visto tem uma ótima estada, porque não há eficiência no sistema, isso é o que mais chama atenção. E a gente só vê as coisas piorarem e isso é só uma demonstra. Quem acha que a gente está melhorando, esse fato só mostra que estamos piorando”, concluiu.
Fontes: Click PB, Wallison Bezerra e Portal Paraíba