As cidades paraibanas que receberam e aplicaram doses vencidas do imunizante, segundo os dados divulgados pelo Ministério da Saúde / Portal Metrópoles, foram: Alagoa Grande (69 doses); Brejo dos Santos (1 dose); Campina Grande (4); Esperança-(15); Itapororoca (4); e Queimadas (1).
Para chegar a informação, o (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Portal Metrópoles, cruzou as informações oficiais sobre vacinas aplicadas com os registros de envios de imunizantes para as unidades da federação, onde constam a data de vencimento para cada lote.
Ainda de acordo com os dados levantados, o problema envolve as doses de três lotes de vacinas produzidas pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford fabricadas na Índia e importadas pelo Brasil, os lotes 4120Z001, 4120Z004 e 4120Z005. São grupos de imunizantes cuja data de validade, de seis meses, já expirou.
Além de Alagoa Grande com 69 Casos, também estão na lista dos que aplicaram a vacina vencida os seguintes Municípios da Paraíba
- BREJO DOS SANTOS-PB – 1
- CAMPINA GRANDE-PB – 4
- ESPERANÇA-PB – 15
- ITAPOROROCA-PB – 4
- QUEIMADAS-PB – 1
A validade
Segundo a bula da vacina no site da Anvisa, a validade do imunizante é de seis meses a partir da data de fabricação, e o produto não deve ser usado após o prazo previsto. “Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original”, diz o documento oficial.
De acordo com o registro no Ministério da Saúde, o lote 4120z001 foi autorizado para ser distribuído em 24 de fevereiro e vencia em 29 de março. A maior parte dos casos de aplicação de vacinas vencidas mapeados pela reportagem se refere a esse lote. Foram 869 casos identificados em cinco estados. Já os lotes 4120Z004 – com 108 casos em cinco estados – e 4120Z005 – 277 casos em 17 Unidades da Federação – foram autorizados em 22 de janeiro e venceram em 13 e 14 de abril, respectivamente.
Os dados oficiais registram a aplicação de vacinas até 21 dias após o vencimento.
Em uma Nota Oficial, a Secretaria de Saúde de Alagoa Grande fala que identificou o problema de forma imediata em um pequeno grupo de pessoas (69 segundo apurado pelo Ministério da Saúde/Portal Metrópoles) nas quais foram aplicadas as doses dos respectivos lotes. Mas as perguntam que ficam são:
- Quem era o responsável ou responsáveis por averiguar essas datas de vencimento?
- Por que a Secretaria não aplicou essas doses já que chegaram com data muito próximo ao vencimento?
- A Secretaria identificou o problema de imediato ou só depois da reportagem?
- Os responsáveis no Município serão penalizados por um erro tão grave?
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